Por que falar sobre folclore em games?

Como pessoas que jogam, consumimos o folclore e os mitos de várias partes do mundo em títulos que exploram mundos fantásticos e narrativas heroicas. No entanto, quando pensamos no folclore nacional, é comum que ainda exista uma barreira que dificulta o primeiro contato com produtos como jogos, histórias e quadrinhos e séries. Por que isso acontece?

Será que nossos mitos não são tão interessantes quanto os encontrados em outros países? Ou será que a maneira como criamos estes produtos nem sempre se mostram atraentes ao público visado?

Nesta primeira postagem do nosso Dev Log, falaremos rapidamente sobre a proposta dos Pequenos Nativoz!

Segundo pesquisa realizada pelo IBGE, o público jovem, predominantemente na faixa etária dos 15 aos 24 anos, tem evoluído demograficamente com tendência a ser composto por uma maioria feminina nas áreas urbanas. Este jovem possui preocupações referentes ao ingresso numa universidade, à conquista do primeiro emprego e não abre mão da navegação na internet, usufruindo dos jogos que consiga encontrar.

Para este público desenvolvemos o projeto do Pequenos Nativoz, uma visual novel (jogo do gênero também conhecido por romance visual ou narrativa interativa) que traz a adaptação da obra cênica Um Sonho de Herói, com roteiro de Leonardo Cássio. O jogo abordará a temática do folclore brasileiro, alinhada a pautas atuais como a importância do uso consciente da água, da preservação da natureza e da construção de uma sociedade em harmonia com sua diversidade.

A ideia é produzir e disponibilizar um jogo do gênero visual novel, com múltiplas opções de escolha das ações do personagem protagonista e uma gama de desfechos que compreenda as consequências das decisões tomadas por quem joga.

Arte de conceito do Curupira
Arte de conceito do Curupira

Em busca de familiaridade com os produtos consumidos pelo público-alvo deste projeto, buscamos por referências visuais em materiais midiáticos da ordem das histórias em quadrinho e animações. Embora, especialmente por terem sua origem no Japão, os jogos do gênero visual novel apresentem-se majoritariamente pautados pelo estilo de desenho do mangá, decidiu-se buscar uma identidade que trouxesse características globais o suficiente para alcançar uma ampla gama de consumidores, ao mesmo tempo em que reservasse elementos da cultura brasileira com as particularidades que tornam nossos produtos culturais tão únicos.

Curupira
Curupira

Para além do produto em si, também serão trabalhados documentação e compartilhamento de todo o processo de criação de maneira totalmente aberta e gratuita, num esforço para incentivar a comunidade desenvolvedora e estimular a entrada daqueles que gostaria de começar a criar seus próprios jogos.

Aguardem, pois teremos mais novidades postadas por aqui em breve!

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